sexta-feira, 22 de julho de 2011

Super Interessante - Julho 2011

                 Li a matéria da revista Super Interessante Julho 2011, com o desejo de receber informações sobre os anos ocultos do Senhor Jesus, no entanto o que li  foram, ao meu ver, afirmações infundadas que poderíamos nos dias de hoje classificar como boatos. Aqueles que visam destruir a imagem de uma pessoa sem ter nunca de provar suas afirmações.
                      O texto da matéria na íntegra pode ser facilmente encontrado na internet, caso você tenha interesse.

Abaixo eu comento algumas das afirmações da SI.

- João Batista era “Mentor de Jesus”.
                Eu concordo que os dois podem realmente ter convivido juntos, afinal eram primos e JB era poucos meses mais velho que Jesus. No entanto pelo que se conhece e pelo que a Bíblia relata JB não tinha condições de ser mentor de Jesus. A comprovação no texto sagrado está no momento em que Jesus aos 12 anos é encontrado discutindo com os mestres da lei e quando questionado pela sua mãe deixa claro a sua consciência de quem Ele era e qual era sua missão. Seria possível que João Batista fosse seu mentor desde aquela época, talvez sim, mas para alguma traquinagem própria da idade.


- Jesus Assumiu o “vácuo religioso” deixado por João.
                O ministério de Jesus é divulgado pela extensão do Velho Testamento e não apenas por aqueles dias. No livro de Isaías há uma descrição clara do seu ministério, da sua vida e também da sua morte. Então para que essa “verdade” anunciada pudesse ter algum sentido essa menção também deveria aparecer em algum outro ponto das escrituras, e não apenas no fantasiômetro do escritor.


- Jesus ficara tão chocado com a não-intervenção divina que alterou seu pensamento sobre o que significava o “Reino de Deus”.
                A impressionante imaginação chega ao êxtase, dá para imaginar a cena do autor ao conceber esta aberração: um grande sorriso nos lábios, recostado na cadeira ele pensa em como irá influenciar mentes desavisadas em diferentes regiões e épocas. O que não se pode conceber é a completa falta de menção ao texto de Gênesis 3:15 no início de tudo, que mostra claramente o propósito do sacrifício de Cristo, em relação ao pecado do homem.

- O Cristo tinha que nascer em Belém, provavelmente ele era de Nazaré mesmo.
                A geografia é de pouco valor, uma vez que os Judeus esperavam um grande Rei, montado em cavalos e cercado de exércitos; o nascimento em Belém apenas obedece a determinação imutável de Deus, o Pai! Se a principal expectativa foi frustrada, porque não se poderia frustrar a questão geográfica? Simples, Deus havia determinado que fosse assim.

- Se Jesus era avesso a violência porque causou o tumulto nas “barraquinhas de câmbio”?
                Jesus se mostra muito pouco polido, ou politicamente incorreto ao agredir aquelas pessoas de forma tão intensa. Porque ele faria isso se pregava o “deus é amor”, “ame ao seu próximo”?

- Barrabás era um herói judeu, e não um bandido, por isso foi escolhido para viver, por isso contava com a simpatia do povo.
                Talvez a grande idéia tenha sido fazer um filme, criar um roteiro, vender para a indústria do cinema e faturar alguns dólares, a absurda idéia que Barrabás seria mais simpático do que um homem que curou centenas de pessoas, alimentou outras milhares, ressuscitou outros tantos, criticou os poderosos. Certamente, não acredito numa mente tão criativa, mas numa mente incrivelmente banal, e sem nenhum entendimento não só espiritual, mas também intelectual.

- Em sua ânsia por alcançar os gentios os discípulos perdoaram os romanos impingindo culpa somente aos judeus pela sua crucificação.
                Será mesmo que existiu esforço para aumentar o número dos que participavam daquela crença a qualquer preço? Vidas que foram queimadas, crucificadas, dadas aos animais, apedrejadas e tantas outras formas de martírio somente porque se declararam seguidoras daquele homem, no decorrer de toda história.

- Filhos do diabo – João 8:44
                E finalmente chegamos ao ponto que desencadeia tudo isso! O homem sem discernimento não aceita ser recusado, prefere recusar, é melhor atacar que aceitar que está errado. Aqui neste ponto não posso ser politicamente correto, se observar os 44 versículos anteriores verá a que tipos Jesus falava, e porque ele os chama de filhos do diabo, aqueles que deveriam conhecê-lo, que nunca deveriam duvidar, que deveriam acolhe-lo. Eles simplesmente não acreditavam, não lhes era possível acreditar.  E por que? Porque eram filhos do diabo! E alguns o são até hoje.

 - Minha conclusão:               
               Você consegue entender o que esse texto queria passar ao leitor? O que ele esclareceu sobre os anos ocultos? Que informações ele trouxe que não fosse a dicussão se Jesus era pedreiro ou carpinteiro? Que pesquisa os jornalistas apresentaram, para fortalecer o argumento? Copiaram, se brincar da internet, nem se deram ao trabalho de  comprar os livros. Em outras palavras: Lixo, produzido com o intuíto de gerar mais lixo.

Waner